«A Praia dos Amores Clandestinos» Eurydice

Título: A Praia dos Amores Clandestinos
Autor: Eurydice
Género: Romance

Ano: 2021

ISBN: 978-989-8894-54-0
Formato: 16 x 23,5 cm
Páginas: 168
P.V.P.:



 

«Ambos eram gente do povo. Não se entendiam quando eram mais novos. Sem se saber como, nem por que milagre divino, da noite para o dia, Naia e Silone decidiram viver juntos. Iniciaram a vida con­ju­gal pouco tempo depois de uma relação epi­só­dica numa dada oca­sião festiva na afamada praia de areia bran­ca com calhaus rolados em vários tons dourados. Os dois já tinham passado cerca de vin­te e tal anos a morar juntos, ex­ce­to trinta e quatro meses e dezasseis dias que estiveram de ca­ma, mesa e sonhos separados, soman­do o tempo que durou ca­da um dos rompimentos, inclusive uma vez em que esteve qua­se a ser para sempre, porque Silone, que era o seu com­pa­nhei­­ro de longa data, tinha casado com uma francesa mui­tos anos mais velha do que ele, com o pretexto de obter a na­cio­­na­lida­de daquele país, e essa francesa, descendente de legítimos gau­leses, nascida e criada muito ou pouco provavelmente num dos pa­lacetes de Champs-Élysées, edu­cada à francesa num dos colégios pri­vados em Paris e cursado em Sorbonne, a quem Silone tratava na pal­ma da mão e agarrava com muita ter­nura para que essa não fu­gis­se a sete pés, viera a Cabo Verde, a fim de tirar as devidas satisfa­ções e reaver os seus legítimos direitos de esposa de papel passado.»

«TXON VENDIDO» Tchalê Figueira

Título: TXON VENDIDO
Autor: Tchalê Figueira
Género: Romance
Ano: 2021
ISBN: 978-989-8894-51-9
Formato: 16 x 23,5 cm

Páginas: 132
P.V.P.:


 

«Txom Vendido» retoma a epopeia trágica das ilhas iniciada com «Solitário», que narra o êxodo da população, em fuga à sepultura das areias do deserto.
Em jeito de 'thriller' político, o autor desvenda os contornos de uma intrincada corrupção que envolve líderes políticos do país das ilhas e da União Europeia. Com a bênção dos EUA, querem transformar o cemitério de areias num depósito nuclear internacional. Mas, a bela Kyoko faz desmoronar a trama.
Demasiado confiantes, os políticos não previram que alguns se deixassem ficar nas ilhas, se organizassem em guerrilha, e dominassem o exército que os procura dizimar.
Um acaso do destino, e um capricho da natureza, acabam por transformar as ilhas naquilo que levaram longínquos navegadores, nelas arribados, a baptizá-las de verdes.

«Exceção de Não Cumprimento e Direito de Retenção no Contrato de Empreitada» Rui Figueiredo Soares

Título: Exceção de Não Cumprimento e Direito de Retenção no Contrato de Empreitada
Autor: Rui Figueiredo Soares
Género: Direito
Ano: 2020
ISBN: 978-989-8894-49-6
Formato: 16 x 23,5 cm

Páginas: 556
P.V.P.:


 

A exceção de não cumprimento e o direito de retenção constituem cau­sas legítimas de recusa de cumprimento de uma prestação devida, quan­do o credor da respetiva prestação não cumpre, por sua vez, a obrigação a que está ads­tri­to, tutelando, por isso, o devedor que seja credor do seu cre­dor.
Por exemplo, o empreiteiro realiza uma obra, nos termos de contrato ce­le­bra­do com uma empresa. Concluída a obra, a empresa recusa-se a pa­gar o preço com­binado, alegando defeitos de construção, mas exige a entrega da mesma. Po­de o empreiteiro recusar a entrega da obra, na da­ta estipula­da, sem incorrer em mora e ter de responder por eventuais da­nos decorren­tes do facto? Para tal, pode invocar a exceção de não cum­­primento ou o di­reito de retenção? Ou po­de invocar qualquer dos dois institutos, conforme lhe aprouver?
Ima­ginemos, por outro lado, que o empreiteiro se vinculou a entregar a obra por fases, devendo o dono pagar o preço em parcelas correspondentes a cada uma das fases. Não tendo o empreiteiro conseguido entregar a parte relativa a uma das fases, pode o dono da obra recusar-se a pa­gar o preço equivalente a essa fase? Para tal, pode invocar a exceção de não cumprimento do contrato, ou pode, também, invocar um direito (obri­gacional) de retenção, como defendem certos autores?
A tese de doutoramento que ora se publica procura responder a questões des­te ti­po, tendo presente que a doutrina e a jurisprudência nem sempre dis­tinguem cla­ramente a exceção de não cumprimento e o direito de re­ten­ção, pelo que se re­vela de interesse analisar a sua aplicação no âmbito da empreitada, contrato si­nalagmático do qual resultam, para as partes, as obrigações principais de rea­lizar a obra e de pagar o preço.

«LIBERDADE, SEMPRE!» Vários autores

Título: LIBERDADE, SEMPRE!
Autor: Vários
Organização: Lígia Dias Fonseca, Sofia Dupret Fonseca
Género: Direito; Homenagem

Ano: 2020
ISBN: 978-972-40-8897-6

Formato: 15,5 x 23 cm
Páginas: 1320
P.V.P.:



(...) Setenta anos de uma vida cheia de feitos de liberdade criadora merecem, pensa­mos nós, uma homenagem. Uma homenagem viva, que não se esgote num momen­to, mas que perdure no tempo e possa ser sempre lida e sentida de forma diferente. Por isso, buscamos um instrumento capaz de traduzir a liberdade criadora e transfor­ma­dora que tão amada é por Jorge Carlos Fonseca, e concordamos que o pensamen­to formatado em livro seria, realmente, o mais adequado. O escrito de cada um dos co­laboradores desta homenagem liberta-se do seu autor para ser possuído, dissecado, re­­vo­lu­cionado, por quem o ler. E cada leitor fará a sua própria interpretação, apo­de­rar-se-á dos argumentos e das ideias para construir algo novo e assim será para sem­pre. Haverá uma homenagem melhor? (...)

Lígia Dias Fonseca e Sofia Dupret Fonseca

«Prática de Rasta Nguka em Santiago Rural» Arlindo Mendes

Título: Prática de Rasta Nguka em Santiago Rural
Autor: Arlindo Mendes
Género: Sociologia
Ano: 2020
ISBN: 78-989-8894-50-2
Formato: 16 x 23,5 cm

Páginas: 268
P.V.P.:


 

A sua missão-mor limitava-se a preservar a sua imagem e proteger a sua pureza, custasse o que custasse, contra os eventuais fulanos brejeiros, mal-intencionados, persistentes, sagazes e, de certa forma, pertinazes que faziam de tudo o que fosse possível para saber se uma rapariga era “macho ou fêmea.”

«A Advocacia em Cabo Verde – Breve Historial» Manuel Brito-Semedo

Título:  Advocacia em Cabo Verde – Breve Historial
Autor: Manuel Brito-Semedo
Género: História
Ano: 2020
ISBN: 978-989-8894-48-9
Formato: 16 x 23,5 cm

Páginas: 236
P.V.P.:


 

Por ocasião do XX Aniversário da Ordem dos Advogados Cabo-verdianos, uma homenagem aos Advogados que ao longo dos tempos deram o seu contributo para a afirmação da Justiça.


«Famílias, migrações e sexualidade em Cabo Verde» Pierre-Joseph Laurent

Título: Famílias, migrações e sexualidade em Cabo Verde
Autor: Pierre-Joseph Laurent

Género: Sociologia
Ano: 2020
ISBN: 978-989-8894-47-2 
Formato: 16 x 23,5 cm

Páginas: 596
P.V.P.:


 

Porque é que uma família tão flutuante, para não dizer passageira, ou mesmo ilusória, como a família cabo-verdiana poderia ser considerada como sendo particularmente bem adaptada às condições deste início de século?
Muito antes do aparecimento da Internet, desde quase cento e cinquenta anos, confrontada com a migração, esta sociedade insular soube domesticar a distância que separa de forma duradoura os membros de uma família. Ani­mados por uma energia contagiosa, eles inventam pouco a pouco a "família a distância". Que família estranha, na qual o casamento parece ter desaparecido, onde as mulheres criam os seus filhos sozinhas, onde os casais vivem muito tempo separados e onde as crianças são confiadas a cuidadoras! Contudo, uma questão importante liga os membros dessas famílias: a transmissão do "capital migratório", considerado como um bem precioso. Salvo raras exceções, como durante as férias, os casamentos e os funerais, os membros dispersos da "família a distância" reencontram-se. Vividos com muita intensidade, esses momentos efémeros suscitam as interações. A família corporiza-se de novo: ela reajusta-se e transmite histórias. As selfies encarregam-se depois de prolongar a memória.
Treze anos, e vinte e sete viagens a Cabo Verde e à região de Boston, nos Estados Unidos, onde vivem duzentos e sessenta mil Americanos cabo-verdianos, foram necessários para reconstituir a história dessas "famílias a distância" ao longo de várias gerações. Amor e pragmatismo é o resultado de uma experiência humana adquirida de uma vida partilhada com essas famílias. Através de relatos pormenorizados, com sustentação e por vezes emocionantes, o autor convida o leitor a compreender os fundamentos da sociedade cabo-verdiana e mais além, leva-o a conhecer formas contemporâneas de viver a família.
Em filigrana, e dialogando com o antropólogo do parentesco, a obra interroga-se de novo sobre o enigma que é a família matrifocal. A sociedade cabo-verdiana é deste modo descrita como o resultado de uma história que instituiu uma sociedade de "alianças confinadas e de visitas".

«Contos Crepusculares – Metamorfoses» Vera Duarte

Título: Contos Crepusculares – Metamorfoses
Autor: Vera Duarte
Género: Contos

Ano: 2020
ISBN:
978-989-8894-44-1
Formato: 16 x 23,5 cm
Páginas: 72

P.V.P.:


 

Os últimos anos têm sido brutais em ocorrências de feminicídio, pedofilia, misoginia e outros. Escrevo para resistir, denunciar, subverter e sobretudo ajudar a mudar! Confesso que alguns destes contos foram escritos num ápice de revolta e mágoa, desejando ardentemente que os culpados sejam punidos. Bem no estilo de «Crime & Castigo», mas sempre com um toque do realismo mágico que me fascina. Otaviano Proença transformou-se realmente em cão furioso? Ou a metamorfose só aconteceu na sua mente doentia? Ou foi no sonho de Arlete Oli­vei­ra? Nem eu mesma sei…

Vera Duarte

«Código Eleitoral Anotado» Mário Ramos Pereira Silva

Título: Código Eleitoral Anotado
Autor: Mário Ramos Pereira Silva
Género: Direito

3.ª Edição
Ano: 2020
ISBN:
978-989-8894-45-8
Formato: 16,5 x 24 cm
Páginas:540

P.V.P.:


Há quinze anos (2005) foi publicada a primeira edição do presente livro e, no espaço de duas se­manas, esgotaram-se os quinhentos exempla­res dados à estampa, tendo sido feita uma reedi­ção, em Novembro do mesmo ano, para res­pon­der à procura que então se verificava. Uma se­gun­da edição (2007) foi lançada em 2008, que consubstanciava a revisão legislativa então le­va­da a cabo, mas esgotou-se, tendo o Código so­frido revisão em 2010.
Ao aproximar-se um novo ciclo de eleições municipais, legislativas e presidenciais (2020-2021), o signatário sentiu-se estimulado a regressar a esta matéria, mantendo o espírito inicial de co­lo­car à disposição do público, um Código Elei­toral Anotado que possa ajudar os partidos po­líticos, os grupos de cidadãos eleitores inde­pendentes e a administração eleitoral, a melhor compreenderem as normas eleitorais.
A presente edição conta com referências actua­li­zadas às deliberações da Comissão Nacional de Eleições e aos Acórdãos do Tribunal Constitucional.

«Roteiro do Archipelago de Cabo Verde» Christiano José de Senna Barcellos

Título: Roteiro do Archipelago de Cabo Verde
Autor: Christiano José de Senna Barcellos
Edição Fac-similada organizada por: Wlodzimierz J. Szymaniak e José Silva Évora
Género: História

Ano: 2020
ISBN:
978-989-8894-26-7
Formato: 16 x 23,5 cm
Páginas: 168

P.V.P.: 1.500$00


Hoje, graças ao mundo fan­tás­ti­­­co dos livros, po­de­mos co­nhe­cer me­lhor Cabo Verde, con­­­ju­gan­­do fatores culturais com o pa­­­trimó­­nio histórico ma­terial e, obvia­­mente, com o mar de Ca­bo Verde em todo seu esplendor. Po­demos acres­cen­­tar que o mi­to das ilhas se atualiza principalmente fora e longe de espaços insulares. Os ilhéus, por seu la­do, costumam ver a insularidade co­mo bar­reira e maldição, tão vi­sível, por exemplo, na poesia ca­bo-ver­diana. O Roteiro do Ar­qui­pé­lago consegue aliar o olhar en­­dógeno do ilhéu, fa­mi­lia­ri­za­do com a realidade des­cri­ta, com a objetividade do olhar exó­­geno, frio, perspicaz, mas in­de­pen­den­te. Em consequência, o lei­tor de ho­je pode receber um tra­balho que permite re­des­co­brir ilhas vis­tas desde o mar. Co­mo exemplo basta in­di­car a igre­ja de Al­ca­traz em Nos­sa Se­nho­ra da Luz, na pe­ri­gosa costa ori­ental. Pa­ra apre­ciá-la plena­men­te é pre­ciso ado­tar a pers­pe­ti­va de ma­ri­nhei­­ro, que navega pe­lo mar tur­vo, esmagado pelo ven­to les­te, ba­loiçado pelas on­das enor­mes, e levado pelas cor­ren­tes for­tes.

«O Rapto da Primeira-Dama» Mário Loff

Título: O Rapto da Primeira-Dama
Autor: Mário Loff
Género: Contos

Ano: 2020
ISBN:
978-989-8894-39-7
Formato: 14 x 21 cm
Páginas: 116

P.V.P.: 800$00


“Aqui é Bakanorte e o seu nome vive nas montanhas”. A abertura do primeiro conto, Bakanorte, remete para uma cidade imaginária, ou nem tanto, como cenário para as estórias desta colectânea de contos.
A partir de vivências e personagens reais, com uma capacidade de efabulação notável e susceptível de surpreender o leitor, Mário Loff constrói, com uma visão muito própria, esse universo que é Bakanorte.
A linguagem simples, despretensiosa e acessível ao leitor comum, destes contos, com uma estrutura narrativa congruente, estimula o prazer da leitura e incentiva a imaginação do leitor.
O amor, as paixões, os sonhos, o erotismo e as relações de poder, perpassam estas oito estórias, todas elas marcadas pelo protagonismo das mulheres que culmina nesse conto em registo policial que dá o título à colectânea – O Rapto da Primeira-Dama.

«A Construção do Estado e a Democratização do Poder em Cabo Verde» David Hopffer Almada

Título: A Construção do Estado e a Democratização do Poder em Cabo Verde
Autor: David Hopffer Almada
Género: Sociologia

Ano: 2020
ISBN:
978-989-8894-33-5
Formato: 16 x 23,5cm
Páginas: 204

P.V.P.: 1.500$00


Nesta época em que tudo parece instantâneo e os acontecimentos tendem a perder-se na voragem de um tempo acelerado, é imprescindível que aqueles que, de alguma forma, acompanharam a marcha dos povos deixem o seu testemunho comprometido, fixando os factos que hão-de inscrever-se no relato da História. David Hopffer Almada, que tem vindo a fazê-lo sob a forma de ensaio e de poesia, volta agora com «A Construção do Estado e a Democratização do Poder em Cabo Verde». E aí, a partir da sua experiência cívica e política, rica e multifacetada, conduz o leitor, num testemunho marcado por observação e por convicções, ao reencontro com temas tão fundamentais como os da independência, do nascimento dos vários movimentos internos após Abril de 1974, da querela em torno do PAIGC, enfim, do combate político, sua ideologia, seus valores e suas contradições.
Sempre a partir de uma visão própria,
fala-nos da produção legislativa em democracia e já em tempo de independência, e aborda todo o período relativo à institucionalização e consolidação do Estado. Do “partido único” ao pluralismo democrático, passando pela abertura económica, até à democratização do poder, numa linguagem direta e simples, Hopffer Almada desenha uma narrativa para a História, nela deixando vincada a sua impressão digital como homem, como cidadão, como político, não se escondendo perante os grandes desafios do seu tempo e do povo a que pertence.

Dr. Laborinho Lúcio
Juiz Conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça Jubilado
Ex-Ministro da Justiça de Portugal

«Se Causa Dor Não É Amor» Miriam Medina

Título: Se Causa Dor Não É Amor
Autor: Miriam Medina
Género: Sociologia

Ano: 2020
ISBN:
978-989-8894-41-0
Formato: 14 x 21cm
Páginas: 124

P.V.P.: 1.200$00


Muitas meninas crescem com a perceção de que os re­la­cionamentos amorosos são como os contos de fadas que têm sempre um final feliz. No en­­tanto, acabam por en­vol­ver-se com parceiros que as submetem a rela­ções mar­ca­das pelo abu­so e pela violência.
“Se Causa Dor Não É Amor” relata, na primeira pes­soa, his­­tórias de violência no namoro. Após uma expe­riência em quase todos os concelhos de Cabo Verde, em pa­les­tras proferidas com o in­tui­to de capacitar e do­tar os e as jo­vens com fer­ra­mentas de diagnóstico e preven­ção de com­portamentos agressivos nas rela­ções de na­moro, a autora quis revelar à sociedade ca­bo-verdiana essa marca de agressividade e violência que envolve as relações afe­ti­vas entre os jovens.
São histórias fortes que aqui se apresentam, muitas de­­­las com requintes de crueldade. Pe­rante esta dura rea­­li­­­da­­­­de a sociedade civil tem a responsabilidade de pôr co­­­­­­­bro a estes comportamentos agressivos e de im­pe­­dir que os mesmos se perpetuem nas relações entre os adul­­tos.